Mudanças
são elementos essenciais do desenvolvimento humano.
É impossível crescer, aprender novas habilidades
e ir mais além, sem mudar o nosso velho estilo de vida
e os nossos antigos padrões mentais. Isto é,
para viver uma vida nova, com mais sucesso e felicidade, precisamos
sair da nossa “zona de conforto” e encarar novos
desafios, entre eles, e na verdade o principal deles, a necessidade
de “ver o mundo de forma diferente”.
Isso
significa desenvolver uma interpretação positiva
e objetiva do cenário que nos envolve. Portanto, a
principal ferramenta que temos para escalar o nosso caminho
para o sucesso é a nossa atitude. Ela é tão
poderosa que pode tanto nos ajudar como nos ferir.
Uma
pessoa com atitude otimista sabe separar eventos de interpretações.
Ela consegue perceber que um certo evento não é
pessoal, não vai impactar todas as áreas de
sua vida e não vai durar para sempre. Ela avalia a
situação com fatos e determina o que tem de
ser feito para resolver aquela questão. Depois, toma
providências de forma objetiva, e continua com seus
afazeres planejados para atingir suas metas. Isso é
parte do que chamamos resiliência, que é a base
da persistência. Através dessa atitude otimista,
qualquer pessoa irá, inevitavelmente, atingir todos
os seus objetivos na vida. Observe que atitude otimista é
diferente de uma atitude tipo “Polyanna”, onde
não existe conexão com a realidade.
Por
outro lado, uma pessoa com atitude pessimista tende a generalizar
negativamente e a transformar um pequeno inconveniente em
um “cavalo de batalha”. Na sua interpretação
surgem coisas como: “tudo acontece de errado apenas
comigo”, “eu não faço nada certo”,
“nada vai funcionar”, “isso vai destruir
a minha vida...e vai durar para sempre!” Tudo vira um
grande drama, e passos essenciais do seu planejamento (se
houver um) para a conquista de seus objetivos são esquecidos
entre os lamentos. O resultado...você já sabe.
Agora,
sendo a atitude algo extremamente importante, precisamos descobrir
qual é o fator predominante que a influencia.
Recorrendo às nossas experiências de vida, fica
claro que desenvolvemos uma atitude otimista quando acreditamos
que somos capazes de “vencer”, ou de ter uma performance
boa o suficiente para termos uma boa chance de sucesso.
Eu me lembro bem do meu tempo de esquadrão de caça
em Santa Maria, RS. Na preparação constante
para defender o país, tínhamos missões
diurnas e noturnas. Por alguma razão anterior, talvez
por alguma experiência ruim na minha formação
de piloto, eu detestava voar durante a noite e acreditava
ser um péssimo piloto naquelas condições.
Como resultado, embora meus acertos nos treinamentos de bombardeio
fossem muito bons durante o dia, nos vôos noturnos eles
eram inconstantes, espalhados próximos ao alvo, o que
é ruim para a confiabilidade de missão.
Um dia, o Comando determinou que fôssemos o primeiro
esquadrão a realizar missões noturnas à
baixa altura, a mais de cem milhas da costa, para treinar
os sistemas de defesa dos navios da Marinha.
O chefe de operações me chamou em sua sala e
disse que eu seria escalado para liderar as primeiras missões.
Falou que minha ficha operacional dizia que eu era especialmente
dotado para missões noturnas e que isso deveria ser
aproveitado em combate.
Aquilo deu “um nó” em minha cabeça.
Como era possível? Eu tinha aqueles resultados inconstantes
no alvo e durante toda a minha carreira, os avaliadores consideravam
que eu era um ótimo piloto para liderar ataques noturnos!
Era certo que a avaliação era feita por pessoal
muito mais qualificado do que eu, e que observavam muitos
outros fatores.
Ocorre que meu julgamento estava fixado em um ponto único,
onde eu não tinha o resultado esperado. Assim, eu generalizava
aquele evento para todo o restante da minha performance na
missão!
Ali eu notei que eu tinha uma visão completamente errada
das minhas habilidades. Minha “expectativa” geral
de performance nos vôos noturnos era influenciada por
esse modelo mental errado e, em conseqüência, minha
atitude era pessimista como um todo. Portanto, minhas ações
a refletirem essa atitude, levando a resultados de acertos
ruins e realimentando o ciclo negativo.
Saber da verdadeira avaliação fez com que eu
mudasse minha expectativa e quebrasse esse ciclo. Passei a
me ver como um bom piloto para missões noturnas, esperar
bons resultados e ter atitude positiva. Meus acertos tornaram-se
excelentes!
Notou como nossa expectativa sobre a nossa performance pode
alterar nossa atitude e, em conseqüência, alterar
nossos resultados finais? Tenho certeza que você tem
exemplos disso em sua própria vida.
Assim, se você quer mudar a sua vida para melhor, dê
uma chance para você mesmo: agarre-se em seu sonho,
acredite em você, não generalize resultados ruins,
procure e concentre-se nos seus pontos fortes, lembre-se das
coisas que você faz bem, mude a sua expectativa sobre
a sua própria performance, desenvolva assim uma atitude
otimista, não tenha medo de mudar a sua visão
do mundo, treine, persista, seja honesto com você mesmo
e determine onde você precisa melhorar, não tenha
medo de sair da sua zona de conforto, treine, persista e conquiste
seus sonhos!
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